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Biotina (Vitamina B7)

A Biotina é também conhecida como vitamina H ou Vitamina B7.

A Biotina (B7) promove o crescimento celular, auxilia na produção de ácidos graxos e redução de açúcar no sangue. A vitamina B7 previne a calvície e também alivia dores musculares.

Pode ser encontrada em carne de aves, fígado, rins, gema de ovo, couve-flor e ervilha.




Função

A biotina é uma vitamina sulfurada, importante como coenzima para o metabolismo protéico, lipídico e energético do organismo (PHILIPPI, 2008). Já foram identificadas pelo menos quatro enzimas carboxilases nas quais a biotina atua como co-fator (CARDOSO, 2006).


Síntese

É sintetizada no organismo por bactérias do cólon. Esse facto é comprovado pelo aumento da excreção urinária e fecal em cerca de 3 a 6 vezes em relação à ingestão alimentar (PHILIPPI, 2008). No entanto, a biotina sintetizada pela flora intestinal não está disponível para absorção, pois permanece ligada dentro das bactérias e a síntese ocorre longe do local de absorção da vitamina (CARDOSO, 2006).

Além de ser sintetizada por microrganismos, a biotina é sintetizada pelos vegetais e largamente encontrada nos alimentos, mas em menores concentrações (CARDOSO, 2006).


Metabolismo

Esta vitamina é encontrada nos alimentos sob duas formas: como biotina livre e, em maior quantidade, como biocitina (uma forma de coenzima ligada à lisina). No intestino, a biocitina precisa ser hidrolisada pela biotidinase, que é uma enzima segregada pelo suco pancreático e pela mucosa intestinal. Esta enzima hidrolisa somente cerca de metade da biocitina de origem vegetal, sendo que a biocitina de origem animal é bio disponível em maior quantidade (PHILIPPI, 2008).

Uma vez livre pela ação enzimática, a biocitina é absorvida, juntamente com a biotina livre dos alimentos, pelo intestino delgado, principalmente na porção jejunal, por transporte ativo dependente de sódio, diminuindo à medida que avança para o íleo. No sangue, é transportada na forma livre ou ligada às glicoproteínas do soro, como albumina ou globulina. Os rins têm um mecanismo de reabsorção, e somente quando este se encontra saturado, a vitamina é excretada na urina (PHILIPPI, 2008).


Deficiência

A deficiência na população em geral é muito rara, mas pode ocorrer em casos de consumo prolongado e excessivo de clara de ovo crua, em indivíduos submetidos à nutrição parenteral total por tempo prolongado, em pacientes epiléticos tratados com drogas anticonvulsivas, no alcoolismo crónico e por desnutrição energético proteica severa. Na placenta humana há competição no processo de absorção mediada pelo sódio entre esta vitamina e o ácido pantoténico (B5), o que pode resultar em deficiência dessas vitaminas (CARDOSO, 2006). A deficiência também ocorre em crianças com defeito genético para a síntese da enzima biotinidase (PHILIPPI, 2008).

Os sintomas da deficiência crónica incluem dermatites, erupções cutâneas, alopecia, retardo no desenvolvimento, conjuntivites, perda de acuidade visual e auditiva, entre outros. No entanto, os sintomas iniciais da deficiência concentram-se nas alterações epiteliais, que são rapidamente revertidas com a suplementação desta vitamina (PHILIPPI, 2008).


Recomendações de Ingestão de Biotina

Grupos Etários AI* (ug/dia)

0 - 6 meses 5

7 - 12 meses 6


1 – 3 anos 8

4 – 8 anos 12


9 – 13 anos 20

14 – 18 anos 25

19 – 30 anos 30

31 – 50 anos 30

50 – 70 anos 30

>70 anos 30


Gravidez

<18 anos 30

19 – 30 anos 30

31 – 50 anos 30


Lactação

<18 anos 35

19 – 30 anos 35

31 – 50 anos 35


* Adequate intake

Dietary Reference Intakes (MAHAN & STUMP, 2002)


Não são conhecidos casos de toxicidade em seres humanos e não estão estabelecidas as quantidades máximas toleráveis de ingestão (UL) (CARDOSO, 2006).


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